“Sou feito da inteira evolução da Terra; sou um microcosmo do macrocosmo. Nada há no universo que não esteja em mim. O inteiro universo está encapsulado em mim, como uma árvore numa semente. Nada há ali fora no universo que não esteja aqui, em mim. Terra, ar, fogo, água, tempo, espaço, luz, história, evolução e consciência – tudo está em mim. No primeiro instante do Big Bang eu estava lá, por isso trago em mim a inteira evolução da Terra. Também trago em mim os biliões de anos de evolução por vir. Sou o passado e o futuro. A nossa identidade não pode ser definida tão estreitamente como ao afirmar que sou inglês, indiano, cristão, muçulmano, hindu, budista, médico ou advogado. Estas identidades rajásicas são secundárias, de conveniência. A nossa identidade verdadeira ou sáttvica é cósmica, universal. Quando me torno consciente desta identidade primordial, sáttvica, posso ver então o meu verdadeiro lugar no universo e cada uma das minhas acções torna-se uma acção sáttvica, uma acção espiritual”

- Satish Kumar, Spiritual Compass, The Three Qualities of Life, Foxhole, Green Books, 2007, p.77.

“Um ser humano é parte do todo por nós chamado “universo”, uma parte limitada no tempo e no espaço. Nós experimentamo-nos, aos nossos pensamentos e sentimentos, como algo separado do resto – uma espécie de ilusão de óptica da nossa consciência. Esta ilusão é uma espécie de prisão para nós, restringindo-nos aos nossos desejos pessoais e ao afecto por algumas pessoas que nos são mais próximas. A nossa tarefa deve ser a de nos libertarmos desta prisão ampliando o nosso círculo de compreensão e de compaixão de modo a que abranja todas as criaturas vivas e o todo da Natureza na sua beleza”

- Einstein

“Na verdade, não estou seguro de que existo. Sou todos os escritores que li, todas as pessoas que encontrei, todas as mulheres que amei, todas as cidades que visitei”

- Jorge Luis Borges

terça-feira, 10 de junho de 2014

O desmaio de Cavaco Silva no 10 de Junho


O desmaio de Cavaco Silva no decorrer do discurso do 10 de Junho é mais um símbolo, tal como a bandeira nacional por ele içada ao contrário no 5 de Outubro de 2012, do desmaio deste Portugal oficial "a entristecer", como disse Fernando Pessoa, mas que persiste em comemorar-se. Ao ver o filme do desmaio senti dó deste ser humano como nós preso nas garras do sistema anónimo e invisível que o promoveu e utilizou, com a sua cumplicidade, claro, mas que agora se arrasta sem saúde nem energia no exercício de uma função para a qual nunca teve perfil nem vocação, numa crescente impopularidade. Sei que muitos não concordarão imediatamente comigo, mas hoje, ao vê-lo ser retirado em braços no meio dos protestos do povo, não pude deixar de sentir por ele a mesma profunda compaixão que por todos os portugueses que tem prejudicado desde que entrou na vida política como primeiro-ministro e destruiu a economia nacional em troca de auto-estradas, serviços e subsídios da Europa agora pagos por todos nós. Porque não segue o exemplo do rei de Espanha? Porque não se retira e deixa espaço a um verdadeiro presidente que nos possa inspirar como exemplo a seguir nesta hora tão difícil? Triste apego das marionetas ao fictício poder que nunca lhes pertence..

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